Algumas vezes temos tantas coisas a fazer que ficamos confusos sobre qual delas priorizar. Principalmente se nossas emoções gritam mais forte por uma ou outra opção, não é verdade? As situações simples, do cotidiano, que nos deixam perceber isso, são importantes para que constatemos o quanto podemos viver aprisionados pelos nossos sentimentos, caso não aprendamos a agir conforme a vontade de Deus... Mas aí surge aquele questionamento: qual será a vontade de Deus para a minha vida?
A liturgia deste domingo vem nos lembrar sobre essa liberdade para tomar decisões, que o próprio Deus nos concedeu. Podemos sempre escolher fazer somente o que nos agrada ou vencer o individualismo, a acomodação e os instintos egoístas para vivermos a simplicidade e a alegria de servir e amar, conforme a vocação que o Senhor nos concedeu.
O trecho do Evangelho chama a atenção para que outros cuidados não nos afastem do chamado que Deus faz a cada um, pois, se não vigiarmos sobre o nosso proceder, corremos o risco de deixarmos a nossa vocação sempre para depois, sob o risco de nunca a vivenciarmos e, assim, não sermos pessoas plenas.
“Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus”. (Lc 9,62)
Por quê? Simplesmente porque é a nossa verdadeira vocação que possibilita que nos realizemos como pessoas, em todas as áreas da nossa vida. Ou seja, a vontade de Deus para nós é que abracemos a nossa vocação, para sermos pessoas melhores, luz para os que estão ao nosso redor.
Por isso é que nada e nem ninguém pode ser mais importante do que o chamado do Senhor, que não deve ser ignorado ou postergado... Mas é claro que não se está dizendo, com isso, que as pessoas que amamos e os sonhos que temos não importam. Não se trata disso! Muito pelo contrário! É que, na verdade, é preciso estarmos atentos à vocação para que possamos ser plenos em nossos relacionamentos e atividades. Deus conta conosco para irradiar o seu plano de amor, por meio de atos e palavras, no concreto da vida!