Por Renato Saraiva
O Santuário Cristo Redentor recebeu nesse sábado, 2 de abril, Dia Mundial da Conscientização do Autismo, uma celebração em comemoração à data. Aos pés do Monumento, o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, deu a bênção a crianças, jovens e adultos autistas e às famílias.
Segundo Padre Omar, com o evento, mais uma vez foi dada grande visibilidade à causa:
— O Cristo Redentor há alguns anos tem sido iluminado apoiando essa nobre causa. Dessa forma, mostramos a nossa solidariedade e o valor da vida e dos autistas, disse.
Na ação, também estavam presentes o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro (CAARJ), Marcello de Oliveira, e o presidente da Comissão de Direitos dos Autistas e Familiares (CDAF), Cláudio Sarkis. Para Oliveira, foi alcançado o objetivo do evento de conscientizar as pessoas sobre a condição do autismo porque o autista muitas vezes não tem oportunidades na sociedade:
— É difícil para a própria família reconhecer a questão, mas ainda mais para as autoridades públicas. Então, a gente precisa de espaços para poder trabalhar essa condição do autismo e para que essas pessoas se sintam inseridas na sociedade. Que a gente possa também, consequentemente, diminuir bastante a discriminação. É algo que a gente quer trabalhar junto à advocacia, que é o nosso primeiro público-alvo, afirmou.
Sarkis destacou que a Igreja foi muito importante no primeiro impulso para as atividades da única comissão para tratar sobre o tema no Sudeste do Brasil:
— O Cristo é um símbolo mundial. Além da importância do monumento para o mundo, tem um significado muito grande para a gente no sentido de que está de braços abertos. É o que a gente procura para nossas crianças, jovens e adultos autistas. Que a sociedade realmente abra os braços para eles e os inclua, prestando os serviços que são obrigatórios por lei, de educação, saúde e assistência, disse.
No dia 1º de abril, o monumento ao Cristo Redentor foi iluminado em azul, abrindo as atividades sobre a causa. De acordo com a comissão, o azul é definido como a cor do autismo porque os casos são mais comuns em meninos.
No domingo, 3 de abril, a Paróquia São José da Lagoa recebeu, na praça ao lado da igreja, uma manhã de inclusão, com atividades lúdicas de sensibilidade e arte e informações sobre os serviços da CDAF, da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio de Janeiro (OAB-RJ), como orientação jurídica para a garantia de direitos e questões ligadas ao autismo.
A ação, criada em 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU), chama a atenção para a importância de conhecer e tratar o transtorno que atinge mais de 2 milhões de brasileiros, segundo dados da própria organização.