Enquanto o povo se questionava se seria João o Messias, ele, com simplicidade, seguia cumprindo sua missão de pregar a conversão aos homens, sem sequer se preocupar com a fama que tinha. As massagens ao seu ego não o inflaram e ele não se desviou daquilo que Deus lhe havia confiado. Muito pelo contrário! Sua humildade era tão grande, que o levava a reconhecer sempre a sua pequenez:
“Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.” (Lc 3,16b)
É lindo perceber que para aqueles que reconhecem o seu papel no mundo, Deus destina missões nobres. A João coube batizar Jesus! Talvez ele jamais imaginasse ter a chance de batizar Àquele a quem anunciava... Só que Deus quis lhe presentear dessa forma e também lhe conceder a graça de ver o céu se abrir, o Espírito Santo descer, em forma de pomba, sobre Jesus, e ainda ouvir o Pai falar:
“Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer.” (Lc 3,22)
Deus é assim: surpreendente! Porque Ele sabe que eu e você somos muito mais do que o que dizem sobre nós. Títulos, cargos, status não revelam quem somos. Talvez apenas mostrem um pouco do que temos... E todas essas nossas vaidades, diante de Deus, só têm algum valor se, ao invés de nos deturparem, revelarem ao mundo a pessoa que verdadeiramente somos.
Por isso mesmo é urgente redescobrirmos que “ser” é mais do que “ter”. O “ter” é passageiro: ora se tem, outra se perde. O “ser” é perene, diz de nós, é nossa marca registrada, o nosso melhor. #vamoemfrente