Como é maravilhoso quando temos a oportunidade de ir para um lugar tranquilo, especialmente com pessoas queridas, por um tempo! Sabemos que essa ocasião nos refaz, não é verdade? Mas talvez alguns de nós precisem descobrir que somos ainda melhor refeitos se nos retiramos para um tempo especial com Deus, por meio da oração. O evangelho deste domingo narra um momento assim, quando Pedro, Tiago e João, após aceitarem o convite de Jesus para subirem com Ele à montanha, descobrem essa verdade e têm uma experiência incrível!
“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz”. (Mt 17,1-2)
A narrativa tem elementos simbólicos teologicamente muito significativos para nós e revela ainda que todos os que acompanharam o Senhor à montanha, que tem o significado da manifestação de Deus, tiveram uma experiência mística inédita. Não só viram a linda transfiguração de Jesus como ouviram o Pai falar com eles:
“E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!” (Mt 17,5b)
Estar juntos, ali, era tão bom que Pedro chegou a sugerir que ficassem por lá! Mas era preciso voltar ao ordinário da vida cotidiana, para continuarem as suas missões de anunciar o Evangelho.
Nós, como eles, precisamos de tempos fortes na presença de Deus, para a oração, quando também poderemos ter visão e audição espiritual — seja numa casa de retiros ou mesmo no nosso quarto, no silêncio do nosso coração. Mas, em seguida, precisaremos retomar as atividades cotidianas, cheios de fé e vigor, pela certeza de que Deus também se manifesta a nós, de tantas formas bonitas, simples ou mesmo extraordinárias.
A quaresma é uma ocasião bastante oportuna para a vivência desses tempos fortes com Deus. Certamente, há muitas coisas que Ele deseja nos falar e mostrar. Basta querermos estar, de coração aberto, na Sua presença.