*Por Aline Soares
No sábado, 15 de julho, a réplica do Monumento ao Cristo Redentor fez sua primeira parada: a praça ao lado da Paróquia São José da Lagoa. A chegada do Cristo Itinerante à Lagoa Rodrigo de Freitas levou consigo uma Ação de Amor à arte e ao meio ambiente. O evento contou com a presença do Vigário Episcopal para Comunicação Social e Cultura, Cônego Marcos William Bernardo, do reitor do Santuário Cristo Redentor e pároco da Igreja São José, padre Omar Raposo, de integrantes do Movimento Guanabara Viva e da Associação Região de Oficina Nacional de Grafite Organizado do Rio de Janeiro (RONGO-RJ).
No sábado, 15 de julho, a réplica do Monumento ao Cristo Redentor fez sua primeira parada: a praça ao lado da Paróquia São José da Lagoa. A chegada do Cristo Itinerante à Lagoa Rodrigo de Freitas levou consigo uma Ação de Amor à arte e ao meio ambiente. O evento contou com a presença do Vigário Episcopal para Comunicação Social e Cultura, Cônego Marcos William Bernardo, do reitor do Santuário Cristo Redentor e pároco da Igreja São José, padre Omar Raposo, de integrantes do Movimento Guanabara Viva e da Associação Região de Oficina Nacional de Grafite Organizado do Rio de Janeiro (RONGO-RJ).
Para o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar, a itinerância do Cristo Redentor visa à expansão do amor maior que o Cristo tem pela cidade.
– O amor de Deus se transforma em solidariedade através dos nossos braços, hoje. Esta Ação de Amor é uma extensão dos braços, do olhar e dos passos de Cristo. Por isso, mais do que nunca, a nossa percepção é de que o Redentor, com sua ação social, tem um alcance de cidadania e gera uma positiva sensibilização da sociedade, em vista do bem comum.
A coordenadora de projetos sociais do Santuário Cristo Redentor, Silvia Gonzaga, ressaltou a importância do Cristo que “desce” do alto do Corcovado para levar esperança e amor a todos os bairros do Rio de Janeiro.
– A pegada, aqui da Lagoa, é falar de sustentabilidade, do cuidado com o meio ambiente. Nós precisamos cuidar da natureza, da qualidade do ar, das nossas águas. Cristo está aqui para sensibilizar a todos. É nossa missão fazer da nossa casa comum um mundo melhor e mais sustentável, disse.
O Cônego Marcos William chamou a atenção para a necessidade de uma reeducação ambiental, uma transformação da mentalidade sobre o meio ambiente.
– Nós encontramos, nesta Ação de Amor, pessoas engajadas nesta reeducação diante daquilo que muitas vezes é descartado, desperdiçado da sociedade. Temos, aqui, pessoas que conseguiram ver que seria possível fazer um reaproveitamento de tudo isso e transformar em uma coisa maravilhosa. Seria inadmissível pensar que de tampinhas que foram jogadas fora alguém seria capaz de fazer um belo quadro. O Cristo Itinerante quer ser esse movimento da paz. Por tudo o que o Cristo representa, Ele vai nos mostrar o que todos nós podemos fazer para levar à sociedade uma realidade muito melhor.
O Movimento Guanabara Viva mostrou como é possível transformar aquilo que, normalmente, é jogado fora em verdadeiras obras de arte. O projeto é uma iniciativa apartidária do Instituto Eventos Ambientais (IEVA), com ampla ação voltada para a despoluição da Baia de Guanabara, em especial pela coleta dos resíduos sólidos suspensos nos rios que por ali desaguam. Entre as artes expostas, o mosaico com a imagem do Redentor, feito de tampinhas de garrafa, chama a atenção. O quadro produzido por Alfredo Borret, formado em marketing, ganhou prêmios e participou de exposições no exterior. O presidente do IEVA, Alexandre Gontijo, ressaltou a importância do projeto para a transformação não só do meio ambiente como da vida das pessoas.
– As meninas aqui, a Elzenir e a Lucilene, são agentes ambientais. Hoje elas são educadoras ambientais formadas com diploma do INEA e do IEVA, a partir de uma transformação que elas produziram dentro delas. Nós damos todo um empoderamento às mulheres, para que elas possam gerar trabalho e renda para elas mesmas. A família se sente mais unida, porque elas se tornam integrantes de colocar dinheiro dentro de casa, e esse é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número cinco: a igualdade de gêneros.
A importância da valorização da arte urbana ficou por conta de Carlos André do Nascimento, conhecido como André Rongo. André é ex-pichador, hoje grafiteiro e Conselheiro Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, diretor e fundador da Associação Região de Oficina Nacional de Grafite Organizado do Rio de Janeiro (RONGO-RJ). Além de Rongo, mais quatro integrantes da associação (Rafael Araújo, Marcelo Ferreira, Alessandro Alê e Wagner Trancoso) se uniram e fizeram cada um uma arte com o tema “Cristo Redentor e Meio Ambiente”.
– Juntar o grafite, o meio ambiente e o Cristo é uma coisa que vem do Gênesis. Deus criou o mundo para que a gente cuidasse dele. Estamos aqui para valorizar e cuidar do meio ambiente reutilizando o lixo, como nós fazemos, para realizar nosso trabalho. Tudo o que queremos é fazer o bem e ajudar alguém, contou André.
A carioca Jorgina, moradora do bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, ao ver o Cristo Itinerante na Lagoa, parou para admirar e tirar uma foto do Redentor. Na ocasião, Jorgina comentou sobre o momento difícil pelo qual o país está passando e fez uma declaração especial:
– Como a gente está precisando do amor de Cristo! Sem Ele nós não somos nada!
Por onde quer que o Cristo Itinerante vá, ele irá levar um único objetivo: aproximar-se das pessoas, para inspirá-las a entrarem numa verdadeira corrente do bem, conforme os valores do Evangelho. A iniciativa também impulsiona a campanha “Amigos do Cristo” — lançada pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, no ano passado, visando a manutenção do Monumento e do trabalho sociocultural desenvolvido pelo Santuário Cristo Redentor.
*Fotos: Aline Soares