* Por Nice Affonso
A réplica do Cristo Redentor chegou a Campo Grande, na Praça Dom João Esberard, na última sexta-feira, 21 de julho. Membros da Igreja Nossa Senhora do Desterro, junto do pároco, Padre Paulo Roberto Teixeira de Abreu, a recepcionaram, às 15h, com a oração do Terço da Misericórdia, quando pediram paz a Deus. Muitas pessoas que passavam pelo local também se aproximaram para ver a imagem e registraram em selfies o Redentor na visita ao seu bairro.
Reunido com aqueles que se colocaram diante da réplica para rezar pelo Rio de Janeiro, o sacerdote presente fez uma convocação a todos para fazerem da Cidade Maravilhosa a Cidade da Paz:
— O Cristo Redentor, com seus braços abertos sobre a cidade e seus habitantes, é um convite para nós vivermos uma sociedade de fraternidade e de paz. A vinda desta réplica é um convite à paz. O Rio de Janeiro, ultimamente, infelizmente, tem primado nos noticiários como uma das cidades mais violentas do mundo, e essa violência chega a todos nós. Mas construir a paz também é uma obrigação de cada um de nós. Não podemos apenas chorar e reclamar. Nós também temos que construir uma cidade de paz. Paz com todos. Paz para todos. E a paz vem como fruto da justiça, segundo o salmo. Então, ao construirmos relações mais justas, mais fraternas, também obteremos como fruto a verdadeira paz. Diante da réplica, abrigados à sombra de seus braços, nós podemos, juntos com Jesus Cristo, construir a Cidade da Paz, lembra Padre Paulinho - como gosta de ser chamado.
O momento de recepção foi finalizado com todos abraçados lado a lado, diante da réplica do Cristo Redentor, como um simbolismo do anseio por justiça e paz. Todos clamaram: “Cristo Redentor, queremos paz!” por 3 vezes e, em seguida, rezaram a Oração do Pai Nosso.
Para os moradores de Campo Grande, o encontro com o Redentor no seu bairro renova as esperanças de dias melhores e lembra a unidade com toda a Igreja:
— A gente ter a oportunidade de rezar diante do Cristo Redentor, neste momento em que a situação do Rio de Janeiro está como está, é uma coisa muito boa. Traz a esperança de que tudo vá se acalmar, acredita Elenir Suzano de Barros.
— O Cristo Redentor é um símbolo de fé. E para a gente, que mora aqui, mais isolado de onde se pode ver o Monumento no alto do Corcovado, ter essa oportunidade tem o significado também de unidade, lembra Wanderlan Gouveia dos Santos.
A iniciativa de tornar a réplica do Cristo Redentor itinerante tem o apoio da Secretaria Municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação e da Secretaria de Estado de Cultura, e também impulsiona a campanha “Amigos do Cristo” — lançada pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, no ano passado, visando a manutenção do Monumento e do trabalho sociocultural desenvolvido pelo Santuário Cristo Redentor. A peregrinação da réplica teve início no dia 13 de julho, quando deixou o Leme, fazendo sua primeira parada na Lagoa (15/7), em direção ao Pontal (19/7). Tendo cumprido a rota do Leme ao Pontal, inspirada pela música do Tim Maia, a réplica seguiu para Campo Grande, onde ficará até o dia 28, quando será levada para a Praça da Fé, em Bangu.
* Fotos: Nice Affonso e Victor Gonzalez